Freud foi o fundador da teoria psicanalítica, ele era psiquiatra clínico. A psicanálise é uma teoria que parte por base de que nosso comportamento é regido por desejos inconscientes e a análise deve ser realizada através do reconhecimento dos instintos, anseios e impulsos que fornecem a energia para as ações individuais.
Destacando também as ansiedades e os medos e tratando o inconsciente como fonte de energias, por desejos reprimidos e depósito de velhas lembranças. O objeto de estudo da psicanálise é o inconsciente e a maneira de acessa-lo é através da associação livre. Freud realizou muitas descobertas de sua teoria fazendo auto-análise, ele analisou rigorosamente seus sonhos e os de seus pacientes.
ID: desejo libidinal, energias psíquicas, pulsões, é regido pelo princípio do prazer.
Super-Ego: regras morais que impedem certos desejos, proibições, limites e autoridade.
EGO (eu, em grego): ele é resultante da tentativa de estabelecer um equilíbrio entre os desejos libidinais do id e as exigências da realidade e ordens morais do superego. Na verdade todo mundo quer é viver o id, o tempo todo, mas há o superego para nos proibir
Consciente: é apenas uma parte de nosso funcionamento mental, é a parte que temos consciência do que pensamos, do que sentimos, do que falamos e do que fazemos. Contém as idéias que estamos cientes no momento.
Pré-Consciente: é constituído por idéias que podem voltar a se tornar consciente se direcionar a atenção para elas, podem ser percebidas nos sonhos ou nos atos falhos.
Inconsciente: é uma parte nossa que não temos consciência, nele estão desejos reprimidos, conteúdos censurados, pulsões inacessíveis à consciência. O inconsciente afeta nosso dia-a-dia, ele influencia nossos comportamentos e ações, sem que a gente perceba. contêm os elementos instintivos e as idéias reprimidas que são e impedidas de se tornarem conscientes.
Freud relaciona a formação da personalidade com o processo do desenvolvimento do instinto sexual, que – segundo Freud - se inicia no primeiro ano de vida e as diferenças individuais são marcadas pelos desenvolvimentos dos estágios psicossexuais e suas características. Se não forem resolvidos adequadamente os problemas de cada fase, ou seja, se não experimentarem a satisfação adequada nas atividades de cada fase, a pessoa pode se tornar fixada por certa fase e procurar durante o resto da vida obter o prazer de tal fase.
Ele divide o desenvolvimento da personalidade em cinco fases:
a) Fase Oral: no primeiro ano de vida a criança satisfaz suas necessidade sexual por meio da boca e obtém o prazer através da sucção. Uma fixação nessa fase pode tornar a pessoa num fumante inveterado, num guloso ou num tagarela;
b) Fase Anal: no segundo e terceiro ano de vida a criança se satisfaz através da expulsão das fezes ou em retê-las. Uma fixação nesta fase pode explicar obsessividade com limpeza e arrumação, avareza e outros;
c) Fase Fálica: no terceiro e quarto ano de vida a criança descobre seu sexo e experimenta o prazer ao manusear os órgãos genitais. Nesse estágio, Freud situa o Complexo de Édipo, onde a criança ama o genitor do sexo oposto e sente ciúmes do genitor do mesmo sexo pois lhe impede o amor daquele e, para resolver o conflito e aliviar a ansiedade, a criança se identifica com o genitor do mesmo sexo através da incorporação dos valores sociais de papel masculino ou feminino. Quando o conflito edipiano não é resolvido, pode se causar neuroses futuras;
d) Fase da Latência: do quinto ao décimo segundo ano de vida, se desenvolve geralmente nos anos de escola, onde há uma supressão dos impulsos sexuais que são reprimidos, a construção do pensamento lógico e o controle da vida psíquica pelo princípio da realidade;
e) Fase Genital: do décimo segundo ano em diante, onde o adolescente deixa de ser para si mesmo o objeto de interesse e se volta para outras coisas e pessoas, inicia-se as ligações heterossexuais, o interesse pelas atividades humanas adultas e seu papel no mundo social.
Alguns termos utilizados na psicanálise:
Catarse (do grego kátharsis): purgação, purificação, limpeza (pôr para fora o sentimento); efeito provocado pela conscientização de uma lembrança fortemente emocional e/ou traumatizante que era até então reprimida;
Método Catártico: lembra-se do afeto causador e purga para fora o evento; purga as emoções e fica aliviado.
Defesa: expulsa da consciência a lembrança (representação + afeto), -não permite que a representação inadmissível (à moral) e seu afeto tomem a consciência; é um ato intencional do sujeito (inconsciente), independente da vontade do sujeito; desloca o afeto para outra coisa.
Mecanismo de Defesa: idéia incompatível é reprimida, expulsa da consciência normal; o afeto é dissociado da representação e pode se converte em algo somático (histeria) ou numa obsessão (neurose).
1 comentarios:
Muito bom. Parabéns.
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