Pontuações sobre a Filosofia de Nietzsche

Friedrich Nietzsche (1844-1900)
Não há dúvidas de que Friedrich Willhelm Nietzsche foi e ainda é um dos mais influentes filósofos de nossa época, neste pequeno texto farei pontuações sobre alguns de seus pensamentos filosóficos. Filho de pastores luteranos, viveu na Alemanha no final do século XIX, foi um grande questionador da ética, da ontologia e da epistemologia; criticando a moral cristã.

Em "Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-Moral" (1873), Nietzsche comenta sobre a arte do disfarçe como um jogo teatral diante de si mesmo que o ser humano se envenenou, onde o homem se utiliza das palavras para fazer aparecer o não efetivo. Ele questiona como nosso conhecimento é adquirido, onde segundo ele acreditamos saber algo sobre as coisas, mas o que temos são somente metáforas das coisas, que não correspondem as entidades de origem. O conceito, para ele, nasce pela igualação do não-igual, pelo arbitrário abandono das diferenças individuais, na desconsideração do individual e efetivo.

O termo "além-do-homem" é descrito pelo autor em diferentes momentos, sendo em sua obra "Assim Falou Zaratustra" (1885) como o transgressor das tábuas de valores, no sentido de criador. O aniquilador é o criador, no sentido onde se aniquila os valores milenares, sendo o sujeito crítico de sua realidade histórica e material, comentando que o querer liberta.

Em "Ecce Homo" (1888), Nietzsche comenta brevemente sobre alguns de seus livros, e reafirma alguns conceitos fragmentados em sua obra. Um dos conceitos que ele desenvolve desde seu primeiro livro é o de "derrubar ídolos", se referindo aos deuses gregos, a moralidade, ao estado e a tudo o que nos distancia de nós mesmos. Para ele, o homem tem o desejo de ser senhor de si, portanto não deve se submeter. Outro termo retomado em "Ecce Homo" é uma crítica do "ideal de coisa", um rompimento com o idealismo alemão.

Para tratar de um filósofo de uma produção tão fragmentada e crítica, esse breve texto se encerra sem encerrar, com uma citação dele sobre a verdade:
"O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo uso, parecem a um povo sólidas, canônicas e obrigatórias: as verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metal, não mais como moedas." (NIETZSCHE, 1873)
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Bruno Carrasco, outubro de 2011. 

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