A cultura é uma criação coletiva de ideias, símbolos e valores, pelos quais uma sociedade define para si mesma o bom e o mau, o belo e o feio, o justo e o injusto. Tudo o que fazemos e as maneiras pelas quais fazemos as coisas, são manifestações culturais.
Para a antropologia, não é possível estabelecer uma hierarquia de poder com base nas diferenças e a história não é uma evolução. A antropologia não admite nenhum tipo de hierarquização, não se pode olhar para uma manifestação cultural como se estivesse de cima.
Não é natural que a gente ande vestido. Por conta da ideia de naturalização das coisas, a cultura é confundida com a natureza, porém isso não nos é dado. Nos tornamos seres culturais com as formas de se portar, corte de cabelo, roupas, alimentação, gostos, etc.
Nenhum tipo de conhecimento pode ser usado como forma de poder, não se pode julgar o outro partindo do que "eu" acho que é certo, justo ou belo. A antropologia preza a relativização cultural, reconhecendo que fazemos parte de uma cultura possível entre tantas outras, e que não somos a única.
A hierarquia só é útil e bem-vista para quem está no topo, e é por isso que as elites são contra o acesso à informação e à universidade das pessoas menos abastecidas, o diploma no Brasil têm sido usado por muito tempo como forma de poder.
Precisamos estudar o povo, não somente os já conhecidos e as produções grandeosas, mas todos os desconhecidos e suas pequenezas também. Cada forma de costumes e crenças tem seu próprio valor, o que determina a legitimidade de uma manifestação cultural é a maneira que se dá a relação das pessoas com a manifestação cultural.
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