Entender o mundo pelos caminhos da Filosofia

Para entender a sociedade em que vivemos é necessário conhecer as ideias que estão por trás dela. Nesse sentido, é especialmente interessante conhecer o pensamento de filósofos que, desde o século XVII, transformaram a visão que o homem tinha de si mesmo e do mundo ao seu redor.

O conhecimento sem finalidade utilitária - O artefato da foto é uma das mais antigas bússolas já conhecidas. Em sua necessidade de orientação, o homem sempre procurou instrumentos que lhe indicassem o caminho mais seguro. Já com a Filosofia, a história é um pouco diferente. E os grandes filósofos tiveram que abandonar as certezas estabelecidas para construir o seu conhecimento.

Todo conhecimento provém da experiência - Filósofo inglês que influenciou muitos pensadores de seu tempo, John Locke era contrário a qualquer forma de autoritarismo e via na educação um poder transformador. Acreditava que a mente humana ao nascer é como uma folha em branco (no quadro, Sibila com a Tabula Rasa, de Velásquez) que deve ser preenchida pela experiência.

O argumento cético que abalou a filosofia - O ar agradável e o perfume das flores de uma tarde no campo são impressões que guardamos na memória quando vivenciamos uma experiência desse tipo. Para o filósofo David Hume tudo aquilo que podemos vir a conhecer tem origem em duas fontes de percepção: as impressões e as ideias. Saiba por que ele abalou a filosofia.

O homem é bom por natureza - "O contrato social", de Jean-Jacques Rousseau, é uma das obras fundamentais da filosofia política e influenciou movimentos e revoltas sociais, como a Revolução Francesa, que mudaram a forma de socialização e a correlação de forças na cultura ocidental. Com a metáfora do "bom selvagem", questionou a filosofia iluminista e a política moderna.

A resposta ao problema do conhecimento - "Astrônomo Copérnico conversa com Deus" é uma obra de Jan Matejko. Quando afirmou que a Terra se move em torno do Sol, Copérnico quebrou paradigmas e derrubou a teoria geocêntrica de Ptolomeu. Kant chamou de "revolução copernicana" sua resposta ao problema do conhecimento e ela foi um marco na história do pensamento ocidental.

Fichte, Schelling e o Idealismo alemão - A indolência é o pior dos males dizia Fichte, filósofo alemão e um dos criadores de um pensamento pós-kantiano que ficou conhecido como idealismo alemão. Ao defender a liberdade infinita do eu, Fichte enfatizava que precisamos agir no mundo para afirmar nossa liberdade, que só acontece quando confrontamos os obstáculos da vida.

Do Espírito Absoluto de Hegel à realidade concreta - Quando alguém troca a experiência do SER pelo TER e passa a medir a sua vida pelo que possui, não é incomum essa pessoa ser chamada de alienada. O termo alienação é discutido de longa data e o filósofo alemão Karl Marx empregou esse conceito para se referir a uma relação de trabalho que escraviza o homem ao invés de libertá-lo.

O mundo como vontade e representação - Segundo Wagner, a ópera Tristão e Isolda (a pintura é de Herbert James Draper) foi uma reação à leitura de Schopenhauer. Em sua obra, "O mundo como vontade e representação", o filósofo alemão defende que a vontade constitui o fundo das coisas, é o motor de nossas vidas. Suas ideias continuam conquistando adeptos até hoje.

Individualismo e "vontade de poder" - "Assim falou Zaratustra" é um dos principais livros do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. No livro, o autor revela os ensinamentos de um filósofo (Zoroastro) a respeito dos valores que o homem pode escolher para si e que podem ajudá-lo a desenvolver o seu máximo potencial. 

Falseabilidade e limites da ciência - Karl Raimund Popper foi um filósofo austríaco, com nacionalidade britânica, que definiu os limites da atividade científica. Defendeu que se a ciência se baseia na observação e na teorização, só podem ser tiradas conclusões sobre o que foi observado e nunca sobre o que não foi.

Wittgenstein e o argumento da linguagem privada - Os nomes das coisas familiares em uma sala de jantar é o tema desta ilustração e serve para refletir sobre o que aconteceria se esquecêssemos da designação dos objetos. Será que o que uma pessoa chamaria de cadeira teria o mesmo significado para todos? Wittgenstein desenvolveu duas teorias da linguagem distintas para tratar do assunto. 

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